quarta-feira, 24 de julho de 2013

“Rape me, rape me again!”


Atravesso sua noite como um cometa
Rastros do meu cheiro 

Em seu corpo inteiro
Ardendo na fumaça da minha dança


E o tempo balança

Como um pêndulo no infinito

De quatro brinco 
Seu olho louco caleidoscópio a enquadrar
Mínimos movimentos do meu sexo
Con_traio minha razão distraio o nexo
Lubrifico o desejo que desliza
Entre os meus dedos e sua retina

E do outro lado da tela
Eu sou uma cena de Bukowski
Como o cão do amor você me morde
Bunda vulva e an_seios na janela

Windows! Explore!!! Windows!! Explore!!

A mente toca o nirvana
O gozo à distância emana
“Rape me, rape me again!”
Ouvirá meu gemido
Misto de dor e absinto

Você explode
E no monitor escorre
Nosso DNA

(RaiBlue)









sexta-feira, 5 de julho de 2013

BEN_DITO MANTRA



Meu primeiro poema do dia é concreto
escorre em versos livres
molhados por nossos sexos
quero a minha língua lambendo
todas as secreções de nossos verbos
ben_dito mantra
enquanto você me fode

sem sobrenome
sua identidade se dissolve
no suor de minha carne fresca
com sua fome tempero minha boceta
exalo o cheiro das putas que em mim habitam
teso seu pau não descansa
cabe em minha boca até a garganta
como um verso de Bukowski
rápido e pervertido explode
quente como um gole de cachaça

me embriaga até que sua gala
espessa em abundância
mele minha cara
e eu te beba como desjejum

sob o lençol do inverno
tudo é fumaça...

até que o alarme dispare
quinze minutos de transa
e uma eternidade de gozo
batizando o dia com nossas águas

na reza matinal toda foda é darma

no sutra do nosso amor
toda cama é templo
todo chão é mar pra nossas ondas...

(RaiBlue)

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Selados por secreções...



(... efeitos colaterias das "Imagens que permanecem", de Almi Júnior...)

Você na minha boca. seu pau roçando meu céu. e os anéis de saturno todos na cabeça dele. volumoso. rosa cintilante explosivo. carne viva. e eu fêmea no cio salivo. há um rio dentro das minhas bocas. transbordo. minha língua girando em torno. sugando todas as suas órbitas. desço chupando todo. quero tudo agora dentro. que você perca a cabeça entre as minhas cordas vocais. me cale enquanto geme. quero comê-lo com bocas e olhos crus. voyeur eu sou de sua fome. pressionolambopressionolambodeslizooooo. fodo. engulo cada milímetro de sua virilidade. ao mesmo tempo dou-lhe meu dedo. você chupa faminto. olho e deliro. beirando o descontrole do vício. trago sua saliva pra minha boceta. enfio fundo. dedos acelerados. grelo inchado. imenso. e a descarga vindo. quente . fervendo. enquanto não paro de chupá-lo no mesmo ritmo. sincronizo bocalínguadedosbocalínguadedos. e o gozovememmimprimeiro. um de múltiplos. então você me vira de costas. morde bem forte minha bunda. lambe bem no meio. enfia sua língua pornográfica. me obscena. olha e se masturba. e depois de ser comido me come. selvagem. quente. seu sêmen pra sempre nos anais pervertidos do meu sexo. desmaia sobre meu corpo. selados por secreções. extraviados do tempo. carta que nunca termina de ser escrita. porque minha pele na sua se eterniza. nus aguardamos a próxima linha...

(RaiBlue)




quarta-feira, 19 de junho de 2013

Sutra profano...



Faz carnaval em mim
Em plena semana santa
Jejua dos pudores hipócritas
E me ama

(carne proibida é mais gostosa)

Nos becos do meu corpo
Tudo cede
Tudo sede
Tudo Sade

Beba-me toda
Minha taça transborda
Em tua boca

(me absorva e absolva-me )

Enquanto a outra (a minha)
Te descontrola
Em movimentos circulares uniformes

E o teu gozo é uma avenida na madrugada
De uma quarta  ( de cinzas)
Trepada

Adormecemos ali
Você ainda dentro
Como hóstia entre os meus lábios

Minha religião é o teu corpo
Sutra profano do meu templo...


(RaiBlue)

Verbos tintos...



A pele é minha
O risco é seu
E a extensão do meu corpo
É o seu mural
Folha natural
Pros seus rascunhos
Coloridos seus dedos me abusam
Brincam com meus lábios carnudos
E eu desarrumo a cama 
Você meu Almodóvar 
Eu sua felina 
E o instinto vira poema 
Sua língua penetra meu ouvido
Molha os verbos tintos
Que atravessam meu umbigo
E abrem as pétalas lambendo...
Enter! Eu grito!
F(r)icção (trama em movimento)
E o desejo nos con(fundindo) 
Mordendo a carne crua
Onde você escreve
Prescreve a sua receita
Te explico os sintomas
E você deita
Vira saudade saborosa seita
A sua pele não me respeita
E eu nem quero
Quero vê-la xingar-me
Insultar-me
Esconder meu sorriso
Dentro do tremor de suas pernas...


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Pornôssoneto



 Vontade minha você todo
Pagãs as noites teu corpo
Rola(s) no centro do mundo
Boceta engole fundo [ faz fogo!]

Mar pleno tua língua dentro
Umidade toda a fenda a foda!
Afogo-te no escuro pinto e bordo
Na lã terna da minha pele!

Sereia seria se não fosse Sade
Na cabeceira da mente pervertida
Te acocho nas ruas nos becos sem saída

Testemunha a lua acende o mar
Que singra do teu ao meu sexo
Arranha-me o céu que te gozo inferno!

(RaiBlue)

sábado, 15 de junho de 2013

Abismos femininos...




Roça-me a nuca e o juízo
Precipícios sonoros de ais
Esfrega até encharcar a noite

Múltiplos
Orgasmos acendem o escuro do amor

Abismos femininos

Vulvas
Vesúvios
Vapor...

(RaiBlue)

Obscena orgia





Gosto quando me pega por trás
Entre a parede e o teu corpo
Eu deliro
Sinto-te todo dentro

Misto de dor e gozo
E quanto mais eu grito
Mais você enfia

(trágicos e antropofágicos)

Obscena orgia
Nossos sexos se comendo...


(RaiBlue)


Orifícios...




Ví_cios
Coca-cola
Cigarro
E sua língua
Em todos os meus orifícios...

(RaiBlue)



Convulsão de texturas...



Observa-me
A cada movimento do seu olho
Eu aqueço
E esqueço do que não devia

É quase febre
A pele exposta
Sobre a sua
Convulsão de texturas
F( r)icção e lou_cura
E o nosso filme começa

Um pornô sussurrado
A língua no ouvido
Encharcando o ato

Lambo, mordo, esfrego, cavalgo

Seu pau grosso alterado
Cada vez mais melado
Meus lábios apertados
Vontade de mastigar

Fodo!

E depois
Bebo a manhã em seu corpo

Na boca todo gozo é mar...

(RaiBlue)




sexta-feira, 14 de junho de 2013

COMA





Entre em minha vida
Entre pedras e feridas
Vá abrindo caminhos
Entre minhas pernas, seu ninho
Me tire do coma
Me coma, me coma, me coma...

(Raiblue)

Voyeur...







O desejo roça a mente
E molha a carne quente
Onde você toda noite escreve


Procuro seu poema 
Com meus dedos
Entro e saio
Deslizo e molho

(enquanto você observa e sorve...
gosto que me olhe...)

Grito seu nome
Como um segredo aceso

Saboreio...

Divido meu gosto com você
Que depois explode
Co(metendo) em mim todas as hipérboles!

(RaiBlue)